Crianças e jovens com um desenvolvimento psicológico mais saudável só traz vantagens!

O sexo e a influência mediática, uma ameaça para o adolescente!

By Antonio Valentim • September 4, 2012 • Filed in: Encarregados de Educação

Na sociedade mediática actual com a difusão excessiva de imagens de cariz sexual e com o acesso à pornografia apenas “com um clique ou um toque”, qualquer pai pode ficar desorientado ao ver o seu adolescente desenvolver-se num mundo destes. Quais são as consequências para o adolescente? Estará ele, psicológica e suficientemente, maduro para fazer face à situação de forma salutar?

Todavia quantos pais não pensarão: “O problema não é apenas com o meu adolescente, portanto, é melhor ignorar a situação!” Será este o caminho mais correcto? Será que o adolescente pode ficar entregue a si próprio? É verdade que os amigos dele são fundamentais mas não se correrá também o risco de ele ser influenciado? Há também outros pais que reagem de outra forma: “Eu digo-lhe para não ver esses programas, esses sites, mas ele acaba por o fazer às escondidas.” É desanimador… uma pessoa sente-se impotente face à situação! Mas que prevenção, qual o distanciamento adequado, qual a abordagem mais própria a se utilizar sem se perturbar o jovem? É humanamente impossível ficar indiferente apesar das dúvidas serem muitas e normais!

O que poderá um pai dizer ou fazer, ou quem no seio familiar estará mais à vontade para abordar este tema da sexualidade, ainda “tabu” em muitos círculos, sem magoar o adolescente? E como abordar práticas sexuais que eu próprio, como pai, repugno? A época é outra, é tão diferente que os pais deverão estar melhor preparados para abordarem este tema com o adolescente. A situação é urgente, pode mesmo dizer-se.

Não se trata de se imiscuir na vida sexual do adolescente, nem de conversar sobre a vida íntima de cada um ou pior ainda de partilhar verbalmente as experiências ou as fantasias sexuais, algo fortemente desaconselhável como é evidente! O que se pretende é que os pais estejam conhecedores de como abordar o tema sem envergonhar o adolescente, sem o controlar, sem ser moralista, sem o criticar, sem colocar etiquetas, sem o culpabilizar e sem o julgar. Tudo isto é possível ser feito sem dramatização! É algo de essencial para se apoiar o adolescente no desenvolvimento de uma sexualidade saudável.

Esta situação de premência não se punha anteriormente porque a sociedade não estava, como hoje, inundada de filmes pornográficos, as fotografias e as mensagens de carácter sexual não eram transmitidos directamente, de adolescente para adolescente, através dos telemóveis, sobretudo os da nova geração. Alguns adolescentes nem hesitam a expor a sua vida sexual ou mesmo filmam algumas das suas práticas e publicam-nas na internet. Uns até acham graça nisso! Outros filmam às escondidas ou fotografam posições, partes desnudadas do corpo de colegas chegando a utilizá-las para os chantagear mais tarde. Outros, ainda, tentam imitar experiências sexuais que passam na internet como sendo algo de normal no âmbito social, mas que podem ter consequências desastrosas no inconsciente do adolescente que não está pronto para uma experiência dessas afectando a sua saúde mental. Não podemos excluir também as inevitáveis comparações doentias que outros ainda fazem, relacionadas não só com as práticas sexuais mas também com as aparências físicas dos participantes e que poderão vir a alimentar complexos para toda a vida.

Não tenhamos dúvidas de que, mas cedo ou mais tarde, uma criança ou um adolescente irá ver imagens pornográficas que, muito embora possam ser apenas virtuais, despertam sensações bem reais. O problema não é a sua visualização mas a compreensão que vai ter sobre aquilo que acabou de ver! A que conclusão é que ele chagará? Como é que se ultrapassa tudo isto? Muitas das vezes as imagens são fragmentadas onde nem se visualizam as caras, apenas partes do corpo ou imagens desligadas umas das outras para já não falar da total ausência de afectividade. Encaminha-se para situações de foro patológico, uma desumanização, uma obstrução à construção da sua identidade sexual saudável e que não tem nada a ver com a liberdade de cada um, mas com o futuro equilíbrio mental que daí pode resultar.

Perante estes factos, e tantos outros, urge que os pais estejam melhor informados e sensibilizados sobre a forma mais adequada de actuar. O objectivo não é o de atribuir aos pais o papel de controladores nem de encherem a cabeça ao adolescente de conselhos, mas, sim, o de estarem munidos com algumas “ferramentas” próprias para preparar melhor o adolescente para a sua autonomia, para que se sinta melhor com ele próprio, mais apoiado, para o ajudar a resistir às pressões do grupo, para ser menos vulnerável, mais respeitado, para conseguir tomar decisões assertivas tendo melhor consciência da realidade e não para ficar preso ou se sentir perdido num mundo virtual. Nem imaginam o alívio dos pais quando se sentem melhor preparados e conseguem ultrapassar estes novos desafios actuais.

Mesmo numa época onde se alcançou muita liberdade é bom recordar de que não há liberdade sem a responsabilidade de cada um. Para não se cair em extremos abusivos, é de boa nota ter presente esta noção de liberdade para manter assim a ideia da sexualidade num clima de algo agradável, de algo que dá prazer não devendo prejudicar ninguém.

Para quem estiver interessado neste tema, quer seja individual ou em grupo, pode enviar-me um e-mail a solicitar o programa do “Espaço-Aberto” sobre o tema  – A Sexualidade e os Afectos no Jovem – onde consta as informações necessárias. A partir do referido programa existe a possibilidade de planear, na zona onde se encontra, uma reunião com alguns pais e/ou com adolescentes, separadamente, dando-lhes apoio apropriado.

web hosting services
depression symptoms

steroid cycle for sale

 

Leave a Comment

« | Home | »