Crianças e jovens com um desenvolvimento psicológico mais saudável só traz vantagens!

O Adolescente e o Ambiente Nocturno

By Antonio Valentim • January 2, 2013 • Filed in: Encarregados de Educação, Um consultor parental para quê?

Deixar o adolescente sair à noite: é ao mesmo tempo o mais natural, o mais humano, o mais social e, conjuntamente, o mais complicado. Não é apenas uma questão de confiança, de desafio, de escolha, de não iniciar conflitos, mas de como manter a relação com o adolescente, como conversar com ele, como o ouvir e como fazer-se compreender como pai que se preocupa!

É sempre conveniente que os pais se questionem a eles próprios como foi a sua própria vivência enquanto adolescentes em relação às saídas nocturnas incluindo a relação com o álcool, com outras substâncias ou com a noção de liberdade. Porquê este questionamento? Para não aceitar o comportamento do adolescente baseado na experiência vivida pelo pai. A experiência do pai não é a do filho. Para não reviver através do filho certas frustrações, certas carências, certos remorsos e evitar que o filho passe pelo mesmo. Para estar mais consciente onde colocar limites numa época em que as proibições parecem ser para se transgredirem.

Muitas das referências, com as quais os próprios pais cresceram, mudaram e eles sentem-se confusos. Além de interpretações erradas e de problemas de comunicação com o adolescente, ainda se acrescenta a indisponibilidade, a pobreza de laços afectivos familiares ou, pelo contrário, em nome do amor a presença em demasia e, desta forma, temos ingredientes suficientes para que se instalem a angústia, o sofrimento em toda a família. Parece que se actua com demasiados conselhos, com proibições e outros discursos moralistas ou se age de menos, com laxismo e com a ideia que é apenas uma fase passageira.

De qualquer forma, pensar também que um adolescente sempre junto dos pais e que não quer sair fora de casa porque acha que o mundo exterior é perigoso pode ser um sinal de que ele não está bem. São as suas competências sociais, a sua capacidade de ir ao encontro do outro e de aquisição saudável que não se estão a desenvolver.

Mas então, onde se encontra o meio-termo que seja eficiente?

Neste contexto e perante as perguntas seguintes, quais podem ser os elementos de respostas que ajudam os pais:

– Será oportuno andar a controlar o adolescente? Quais são as consequências desfavoráveis disso? Quais são as alternativas mais saudáveis, mas práticas e eficazes?

– Como saber se o meu adolescente está em perigo? Como reagir a isso?

– Como lutar contra o adolescente quando mal se lhe dirige a palavra ele se coloca logo na defensiva, não ouve, finge que não é nada com ele, fica aborrecido, melindrado?

– Porque é que muitos adolescentes precisam de se colocar em situações de tensão, de estresse, de medo, de ansiedade? Até aonde é que esta forma de estar pode ser considerada como de “normal”? Quais são os cuidados a ter em conta?

– Porque é que um adolescente escolhe amizades problemáticas? Qual é o sinal que ele me está a transmitir sem que eu me aperceba?

– O que dizer, e como reagir, perante uma embriaguez do adolescente sem que eu dramatize e me sinta culpado?

– O que estará subjacente à ideia de que seria melhor não dizer nada ao adolescente para não ser conflituoso porque os outros também se encontram na mesma situação?

– Como abordar uma crítica ao adolescente para alterar comportamentos inadequados sem o magoar, sem fazer disso um drama? E, como proceder então para que o adolescente nos oiça e acabe por aceitar o que se pretende dele?

– Como enquadrar limites com o adolescente sem andar a castigá-lo, a admoestá-lo?

– Como incutir no adolescente o sentido de responsabilidade sem levantar problemas?

– Como pai como posso ser mais respeitado pelo adolescente sem lhe suscitar medo? Porque o medo, como também as humilhações, impede-o de se desenvolver psicologicamente de forma saudável.

– Mas quando um dos pais é, ele próprio, consumidor de bebidas alcoólicas ou doutras substâncias, não aumenta o risco do adolescente também vir a sê-lo? Nem sempre as situações se repetem mas quando acontecem como o impedir?

Na prática são as respostas adequadas a estas perguntas que apoio os pais ao contexto em que vivem, porque cada caso é um caso em si. São “ferramentas” indispensáveis na nossa época e eficazes para quem tem um adolescente que manifesta o desejo de sair à noite (Palestra no Centro Cultural de Lagos dia 12-04-2013 –  Ver Resumo).

E em relação à forma como o adolescente lida com as bebidas alcoólicas, e outras situações do dia a dia, aconselho a que seja lido, no mesmo site, os artigos:

– O Álcool e o Adolescente

– Perguntas Colocadas pelos Pais de Adolescentes

Drogas na Adolescência...

O jovem e o consumo de substâncias… como lidar com isso em casa?

O sexo e a influência mediática, uma ameaça para o adolescente!

No Youtube pode ver:

 O Álcool e a Adolescência

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Comments

By elaine torres on March 4th, 2013 at 12:24 pm

Ao assistir este video, fez me refletir e acredito que esta fase da adolescência pode ser um momento muito difícil de se encontrar o bem estar , entrar num caminho de fuga da realidade passa a ser um falso bem estar ,onde o distanciamento dos pais pode acabar por se acentuar.A aproximação é fundamental e acredito que o incentivo à vivências que proporcionam bem estar, seja através de uma expressão artística,atividade física, contato com a natureza podem ajudar a aliviar a tensão desta fase,e canalizar a energia para algo que lhes dê mais energia ,clareza e confiança.Esta fase na minha vida ,acredito ter sido a primeira experiência com conflitos internos,crise, instabilidade, cobranças onde senti esta necessidade de fuga ,compreendo o que o adolescente sente .

 

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