Mais razões importantes para consultar ou ter um apoio psicológico
A constância insidiosa ou desumana de determinados gestos destruidores, de palavras desvalorizadoras por parte de certos adultos sobre crianças e sobre jovens durantes anos a fio, incutiu-lhes uma nocividade emocional tanto quanto perturbadora como determinante na vida de adulto de cada um. Uma vez adultos, tornando-se ou não pais, estes adultos mantêm-se num grande sofrimento que abrange, e complica-lhes, a vida afetiva, intima, profissional ou social. Este sofrimento pode em muitos casos ser aliviado não apenas em termos pessoais como também impedir que se repita com os filhos.
Se quiser fazer um primeiro passo que envolva a tomada de consciência da relação difícil que manteve com os seus pais, que mantém atualmente com eles e qual é o impacto que isso tem na sua vida atual, pode responder aos seguintes questionários clicando aqui.
Há pais, infeliz e inconscientemente, destabilizadores para uma criança e para um jovem. Podem ser pais dominadores, manipuladores, depreciativos, irónicos, culpabilizadores, críticos, incapazes de proporcionar um quadro psicológico de apoio saudável à criança e ao jovem ou renunciando mesmo a este apoio. São adultos que podem até não terem a sensação que não estão a agir da melhor forma com as crianças. Acham que continuam a ter a legitimidade de repetirem o que eles próprios foram alvo. Porquê? Porque enquanto criança, foram levados a minimizar o sofrimento e preferiram tentar corresponder às expetativas dos pais, porque era-lhes impensável imaginar não serem amados pelos próprios pais. É uma questão de sobrevivência para a criança.
Na nossa cultura, ainda é um tema tabu que vai ao encontro do mito do pai sagrado (na Grécia Antiga no cume do Monte Olimpo os Deuses castigavam quando não estavam satisfeitos). Muitas vezes um adulto, filho de pais destabilizadores, em vez de reconhecer e de aceitar que teve este tipo de pais, prefere negar, ou justificar, que se os pais agiram desta forma desestabilizadora era porque ele o tinha merecido. Assim o inimaginável torna-se o escolhido com menos custos a curto prazo. Mas a longo prazo é um grande sofrimento insidioso que lhe dificulta as relações com os demais. Nunca é tarde para agir… para se adquirir a liberdade de apreciar a vida independentemente do sofrimento que teve!
Cada adulto descendente de pais destabilizadores esconde dentro dele uma criança angustiada, magoada, desvalorizada ou impotente. Tornou-se num adulto, fisicamente certo, mas psicologicamente demasiado confuso para construir uma relação amorosa saudável para ambos os parceiros. Adulto esse, que se fecha quer numa relação muito fusional ou então foge à relação e, modestamente, renuncia à possibilidade de construir uma relação saudável com alguém.
Alcançar comportamentos afetuosos, que não esmaguem e que não desequilibrem, não geram ódio nem violência, mas sim, sentimentos agradáveis, de ternura, de prazer, de segurança, de estabilidade e de paz interior. Quem é que não merece isso?
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